Semana que vem é a vez do presidente Lula

 

Desembarca no Japão nesta quarta-feira, 10, o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, que vai participar como convidado da reunião do Grupo dos Sete, o G7, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

O encontro, que começa na sexta-feira, 12, reunirá os ministros de Finanças e chefes dos bancos centrais das sete maiores economias do mundo.

É a primeira vez na história que um ministro da Fazenda brasileiro participa como convidado de uma reunião do G7 e a presença de Haddad demonstra a relevância do Brasil no cenário econômico e político internacional.

O Brasil não é chamado à reunião dos países mais industrializados do mundo desde o 2º governo Lula.

 

Países que formam o G7 (Foto: Divulgação)

 

Na comitiva do ministro estão Mathias Alencastro, assessor especial para assuntos internacionais do Ministério da Fazenda, e Tatiana Rosito, secretária de assuntos internacionais da pasta.

Durante sua participação no G7, Haddad tem como pauta três pontos principais: reforçar a relevância do Brasil no cenário internacional, discutir reformas necessárias para a economia e criar laços com os representantes do G7 e convidados.

Compromissos bilaterais

Antes mesmo da abertura oficial do G7, o ministro brasileiro tem uma série de compromissos.

Entre os principais, Haddad vai discutir a reforma do Banco Mundial com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.

Haddad também terá reunião com o economista Joseph Stiglitz. Na pauta está o debate sobre a política industrial verde.

Ele ainda terá encontro com a ministra da Índia, Nirmala Sitharaman, com o objetivo de alinhar a atual presidência do G20, exercida pelo país asiático, com a próxima, que será do Brasil.

E com representantes do país sede da reunião, ainda está programada uma reunião com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki.

A presença de Haddad no evento também posiciona o ministro como um dos mais ativos internacionalmente.

Além disso, o Brasil tem a tarefa de defender a importância do G20, considerando o papel que o país desempenha por ser o próximo a presidir o bloco.

Agenda oficial

As reuniões oficiais do G7 começam na sexta-feira, 12, e Haddad tem presença confirmada em todas as sessões, segundo informou o ministério.

A primeira mesa, que contará também com a presença de Stiglitz, abordará o futuro do Estado de bem-estar social.

 

Haddad será o primeiro ministro da Fazenda do Brasil a participar do G7 (Foto: Ministério da Fazenda)

 

A segunda sessão discutirá a macroeconomia dos países emergentes, e a terceira focará no desafio do financiamento, sobretudo na área de infraestrutura.

À noite, haverá um jantar com a participação dos convidados para o evento.

A Indonésia e a Índia, que também não fazem parte do G7, foram convidadas para a reunião, demonstrando o crescente interesse nas economias emergentes e a importância de se estabelecer diálogos entre as nações.

O ministro Haddad retorna ao Brasil no sábado, 13, com previsão de pouso em São Paulo na manhã do domingo, 14.

No final de semana seguinte, é a vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participar da cúpula.

Ele confirmou presença e estará em Hiroshima em 19 de maio.