Pior: novo aumento deve acontecer ainda neste ano
A ida ao mercado ficará mais cara. Uma pesquisa levantou que mais de 10.000 itens alimentícios no Japão sofrerão aumentos de preços médios de 13%, resultado do aumento dos custos dos materiais e da rápida depreciação do iene. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 1, e trouxe mais preocupação para a população.
A pesquisa da Teikoku Databank Ltd. descobriu que 105 grandes fabricantes de alimentos aumentaram os preços de 6.285 produtos até junho, com aumentos de preços planejados para 4.504 produtos adicionais a partir de julho.
Um número crescente de empresas japonesas está vendendo produtos a preços mais altos, já que a pandemia de Coronavírus e a invasão da Ucrânia pela Rússia fizeram com que o custo de tudo, desde trigo até petróleo, aumentasse.
A desvalorização do iene apresentou mais desafios para as empresas japonesas, pois aumenta os preços de importação e eleva os custos de produção.
Aumento dos preços pesará no bolso do consumidor (Foto: NDR on Unsplash)
No passado, as empresas tentaram minimizar o impacto sobre os consumidores por meio de ¨aumentos furtivos de preços¨. Isso aconteceu através de um fenômeno conhecido como contração, em que o tamanho dos produtos é reduzido, mas o preço permanece inalterado.
Bebidas
Bebidas alcoólicas e outras bebidas terão os maiores aumentos de preços, em uma média de 15% devido ao aumento dos custos do trigo e das embalagens de garrafas plásticas, de acordo com a pesquisa.
Mais de 80% dos produtos terão seu preço aumentado a partir de julho.
Os preços dos alimentos processados, que respondem por 40% dos produtos com aumento de preço, aumentarão em média 14%, enquanto os doces aumentarão em média 12%, os temperos 11% e o pão 9%, mostrou a pesquisa .
A mesma pesquisa aponta que é bem provável que as empresas serão incapazes de absorver os custos de produção crescente e deverão aumentar os preços novamente ainda neste ano.
Fontes: NHK e Kyodo
