Capoeira é do mundo

 

Cerca de 30 pessoas participaram de um workshop de capoeira realizado domingo, 17, em Toyokawa (Aichi). O evento fez parte da programação da Troca de Graduação do Grupo Memória Capoeira, realizada no mesmo dia.

As aulas foram ministradas pelo instrutor Toshio dos Santos Oguihara, 41 anos, do grupo Capoeira Araiye.

¨Nosso objetivo hoje é a movimentação. Queremos passar movimentos que todos possam usar na roda de capoeira¨, explica o instrutor que no próximo batizado do grupo receberá a graduação de professor.

 

O instrutor Toshio (Foto: Alexandre Ezaki)

 

Segundo Toshio, Araiye significa união, algo em que todos se sentem juntos. O grupo atua em 7 províncias do Japão: Saitama, Tóquio, Kanagawa, Ibaraki, Chiba, Tochigi e Gunma.

Além das dificuldades normais de ensino da capoeira, nesses casos isso aumenta. ¨O mais difícil é explicar a língua portuguesa, a música, o ritmo. Tudo isso fica difícil de passar¨, explica Toshio. Mas ele mesmo adianta que tudo depende do esforço de cada um. Ele completa: ¨Tem dia que o aluno japonês canta mais que o brasileiro. Basta treinar e se esforçar¨.

Do mundo

Em 26 de novembro de 2014, a capoeira recebeu um status de proteção especial como Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO.

Mas a capoeira já não é mais só do Brasil, é do mundo. Prova disso é que entre os participantes do workshop, mais que 90% deles eram japoneses.

 

Participantes do workshop (Foto: Alexandre Ezaki)

 

Para que a capoeira chegasse ao nível que está hoje, ela teve que passar por várias mudanças. Sempre levando o nome do Brasil para todos os países.
E a cada avanço, mais a certeza de que tudo vale a pena. ¨A capoeira sempre me ajudou e me mostrou que vale a pena treinar, correr atrás, escutar o que os outros têm a ensinar. É muito mais que uma dança, que uma história¨, finaliza o instrutor Toshio.