Governo inicia estudos para nova política econômica

Objetivo é promover a redistribuição da economia

Cumprindo uma promessa de campanha, o primeiro-ministro Fumio Kishida, anunciou nesta terça-feira, 26, que determinou a instalação de um painel de política econômica do governo, com o objetivo de compilar “propostas urgentes” para concretizar sua visão característica do ¨novo capitalismo¨.

As propostas vão incluir a promoção do desenvolvimento de tecnologias avançadas para digitalização e questões de segurança econômica, incluindo a garantia de suprimentos de semicondutores como principais prioridades.

¨Compartilhamos a visão de buscar melhorar a produtividade por meio de estratégias de crescimento e aumentar os níveis de renda das pessoas por meio da redistribuição dos frutos desse crescimento¨, informou Kishida na primeira reunião do painel.

Painel quer incentivar o crescimento e o consumo (Foto: Narkus Spiske by Unplash)

A iniciativa surge no momento em que o debate sobre o estímulo econômico está esquentando entre os partidos políticos que disputam apoio nas eleições gerais do próximo domingo, 31.

O ministro da Política Econômica e Fiscal, Daishiro Yamagiwa, disse em entrevista coletiva após a reunião que as propostas serão refletidas em um pacote econômico que Kishida planeja compilar se o partido dele, como esperado, ganhar a maioria nas eleições para a Câmara dos Deputados, a chamada Câmara Baixa do Parlamento.

Equipe

Durante a campanha de sucessão ao cargo, Kishida prometeu um pacote econômico no valor de “dezenas de trilhões de ienes”, ou centenas de bilhões de dólares, para apoiar a economia atingida pela pandemia do Coronavírus.Além do primeiro-ministro, que é o chefe do painel, participam 15 líderes empresariais, pesquisadores e o gabinete do governo.

Os 15 membros incluem sete mulheres, o que o diferencia do agora extinto painel de estratégia de crescimento criado pelo então primeiro-ministro Yoshihide Suga, onde apenas duas mulheres entre oito especialistas do setor privado foram incluídas.E entre as sete mulheres estão Tomoko Yoshino, a primeira a chefiar a maior organização trabalhista do país, Rengo, que assumiu o cargo no início deste mês, e Yumiko Murakami, ex-chefe do escritório de Tóquio da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

O painel se concentrará em questões como a expansão da classe média por meio de aumentos salariais e a melhoria das condições de trabalho para funcionários não regulares e freelancers, como Kishida prometeu ao ser eleito primeiro-ministro em 4 de outubro.

O objetivo do painel é concluir as discussões até junho do ano que vem, a tempo de que se reflitam em sua diretriz de política econômica anual para o próximo ano fiscal, disse um funcionário do governo a repórteres.