Governo expande Estado de Emergência

Governo expande Estado de Emergência

Aichi e Fukuoka serão incluídas na relação

 

O governo central do Japão confirmou nesta sexta-feira, 7, a prorrogação do terceiro Estado de Emergência. Anteriormente previsto para terminar na próxima semana, dia 11, a medida passará a vigorar até 31 de maio nas províncias de Tóquio, Osaka, Hyogo e Quioto. Outras duas províncias serão adicionadas à lista: Aichi e Fukuoka, que entrarão a partir do dia 12 de maio até 31 de maio.

Com a prorrogação, a medida cobrirá uma área responsável por um terço da população e mais de 40% da terceira maior economia do mundo.

 

Mais províncias serão atingidas pela medida (Foto: Reprodução TV)

 

A prorrogação foi aprovada em reunião do comitê formado por especialistas em doenças infecciosas. O encontro contou com a participação do ministro Yasutoshi Nishimura, responsável pela resposta à pandemia, que observou o crescimento de casos em Tóquio e Osaka e a pressão causada no sistema de saúde destas províncias, a mesma situação que vem sendo enfrentada por Aichi e Fukuoka.

“Temos um forte senso de crise. Iremos reduzir totalmente as infecções e garantir que o número de recém-infectados diminua para que as pessoas se sintam seguras¨, prometeu o ministro Nishimura.
Medidas Prioritárias
Além do anúncio da prorrogação do Estado de Emergência, o primeiro-ministro Yoshihide Suga informou sobre as ¨Medidas Prioritárias de Prevenção à Propagação do Coronavírus¨. Também chamada de ¨quase Estado de Emergência¨, a medida foi estendida até o final de maio nas províncias de Saitama, Chiba, Kanagawa, Ehime e Okinawa. As províncias de Hokkaido, Gifu e Mie foram acrescentadas à lista, entrando em vigor à partir de 9 de maio. E a prefeitura de Miyagi, que registrou uma queda nos casos de Coronavírus, será removida após terça-feira.

As restrições sob essa designação, introduzidas em uma revisão legal em fevereiro, não são tão rígidas quanto uma emergência de pleno direito, com pedidos para restaurantes e bares para fechar mais cedo limitados a áreas específicas e acarretando multas menores por descumprimento.

 

Gráfico destaca a prorrogação do Estado de Emergência (Foto: Reprodução TV)

 

Sendo assim, os governos locais determinam as cidades a serem atingidas. Em Hokkaido, a cidade de Sapporo; em Gifu, as cidades de Gifu, Ogaki e mais 16 vilas; em Mie, os municípios de Yokkaichi, Kuwana e 12 outras cidades e vilas.

Mas as províncias de Ibaraki, Ishikawa e Tokushima, que solicitaram entrada no estado pré-emergencial, tiveram os pedidos recusados.

“As infecções continuam a aumentar em ritmo acelerado, especialmente nas áreas metropolitanas”, disse o primeiro-ministro Yoshihide Suga. “Implementaremos exaustivamente medidas que deverão ser altamente eficazes”, completou.

Novas regras

Sob o Estado de Emergência, as imposições são rígidas e o descumprimento pode gerar altas multas.

Restaurantes, bares e outros estabelecimentos que servem ou trabalham com bebida alcoólica devem fechar. Porém, o governo vai amenizar algumas restrições para tentar diminuir o golpe às empresas.

A partir de quarta-feira, instalações de grande porte, com área total de mais de 1.000 metros quadrados, como lojas de departamento, voltam a abrir, mas devem fechar até às 20h.

No caso da proibição de espectadores em grandes eventos, como shows e jogos esportivos, outra mudança. Esses eventos poderão ter participação de até 5 mil pessoas ou 50% da capacidade do local. Mas devem encerrar as atividades até às 21h.

 

Números de sexta-feira do Coronavírus (Foto: Reprodução TV)

 

Estrangeiros e japoneses que chegarem da Índia, país que atualmente passa por um aumento das infecções, passarão por medidas mais restritas. Em relação aos residentes, Suga pediu que evitem sair sem necessidade, inclusive durante o dia, além de não viajar entre as províncias.

Outro pedido aos moradores é que evitem consumir álcool nas ruas e parques, além de evitarem espaços lotados.

Centros médicos e de cuidado aos idosos vão receber 8 milhões de kits de teste de antígeno simples, para que casos de infecção possam ser detectados precocemente em resposta à rápida disseminação de uma variante indiana do vírus.
E as empresas continuam sendo solicitadas a aplicarem o home office.

 

 

Fontes: NHK e Kyodo

 

Sobre o autor

Alexandre Ezaki

Alexandre Ezaki é jornalista formado pela Unesp de Bauru. É youtuber e fã de cultura pop. Como profissional, considera-se um contador de histórias reais.

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