Governo vai distribuir 1 milhão de doses

 

O Ministério da Saúde do Japão concedeu nesta terça-feira, 22, aprovação rápida ao comprimido Xocova, da farmacêutica Shionogi & Co., tornando-o o primeiro medicamento oral produzido no país contra o Coronavírus.

O medicamento para pacientes com COVID-19 com 12 anos ou mais, com sintomas leves, também se tornou o primeiro remédio autorizado sob o novo esquema de aprovação de emergência estabelecido em maio.

 

Medicamento da Shionogi & Co. (Foto: Divulgação)

¨Assim que o sistema de distribuição estiver pronto, planejamos começar a entregar o medicamento para que possa ser usado para tratamento a partir do início de dezembro¨, informou o ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, Katsunobu Kato, em entrevista coletiva após um painel de especialistas apoiar o tratamento.

A decisão sobre o tratamento que requer sete comprimidos de Xocova em cinco dias ocorre quando o Japão está experimentando um aumento no número de casos diários de COVID-19, com os governos provinciais em todo o país relatando um total de 121.460 casos na terça-feira, cerca de 18.000 a mais em uma semana. O número de óbitos totalizou 178.

Tóquio registrou 12.758 infecções, enquanto Hokkaido e as províncias de Iwate e Yamagata, no nordeste do Japão, registraram novos recordes.

O governo japonês diminuiu as restrições às atividades das pessoas, incluindo a remoção do limite de chegadas diárias de estrangeiros e o início de um programa de subsídios para os residentes para impulsionar o turismo doméstico.

 

Casos registrados terça-feira (Arte: NHK)

 

A Agência de Dispositivos Médicos e Farmacêuticos, que conduziu a revisão preliminar, reconheceu em um relatório que ¨obteve informações suficientes para presumir que o medicamento é eficaz¨, a partir dos resultados dos ensaios clínicos da fase final apresentados pela Shionogi.

Negativa

Em julho, um painel do ministério da Saúde adiou a concessão de uma aprovação de emergência para o medicamento, depois que a empresa farmacêutica japonesa não conseguiu demonstrar a eficácia em seus ensaios clínicos de fase intermediária.

Embora os testes tenham mostrado eficácia na redução do Coronavírus no corpo, não houve diferenças substanciais no alívio de um total de 12 sintomas, como dores de cabeça e náuseas, entre os que receberam o medicamento versus o placebo.

Mas uma análise de cinco sintomas característicos da cepa Ômicron – coriza, dor de garganta, tosse, febre e fadiga – na fase final dos testes, mostrou que a droga reduziu os sintomas de oito para sete dias.

 

Medicamentos já usados no Japão (Foto: Reprodução TV – NHK)

 

A fase final, conduzida no Japão, Coreia do Sul e Vietnã, administrou o medicamento uma vez ao dia durante cinco dias a pacientes com sintomas leves ou moderados de COVID-19, independentemente do risco de desenvolver sintomas graves ou estado vacinal.

O governo japonês concordou em comprar doses suficientes para um milhão de pessoas assim que o uso da droga, o terceiro tratamento oral no país, receber luz verde.

O Japão já havia autorizado o uso de dois medicamentos orais para COVID-19 desenvolvidos pelas empresas farmacêuticas americanas Pfizer Inc. e Merck & Co., respectivamente, para pacientes com sintomas leves.

¨Estamos orgulhosos de alcançar esta etapa histórica que marca o início de nossa contribuição real para a recuperação das pessoas com COVID-19″, disse em comunicado a empresa japonesa.

 

Fontes: NHK e Kyodo