Primeiro-ministro admite falhas no combate ao Coronavírus

 

O Estado de Emergência que atinge 11 províncias do Japão, que deveria terminar no próximo dia 7 de fevereiro, poderá ser estendido até o final do mês. É o que afirmam fontes ligadas ao governo, ouvidas pela agência de noticias Kyodo.

As regiões enquadradas na declaração de emergência são Tóquio, Kanagawa, Chiba, Saitama, Tochigi, Aichi, Gifu, Osaka, Kyoto, Hyogo e Fukuoka. Mas os casos de Coronavírus não estão diminuindo no ritmo que o governo deseja e a pressão sobre o sistema médico é grande, motivos que justificariam a extensão que vem sendo discutida.

Especialistas em saúde serão ouvidos pelo governo antes da decisão. Yasutoshi Nishimura, o ministro encarregado da resposta do Japão ao COVID-19, disse terça-feira, 26, em reunião do Comitê Parlamentar, que o governo evitará esperar até o último minuto para anunciar sua decisão, para que as prefeituras não sejam pegas desprevenidas.

Mal preparado

Durante reunião do Comitê de Orçamento da Câmara dos Representantes, o primeiro-ministro Yoshihide Suga foi questionado pelo parlamentar da oposição Kiyomi Tsujimoto, se ele se sentia responsável pelos pacientes que morreram em casa após serem rejeitados em hospitais. “Como responsável, sinto muitíssimo¨, admitiu Suga. A rara admissão de culpa ocorre quando o apoio público à administração continua diminuindo em meio à crescente insatisfação com a resposta à pandemia.

 

Yasutoshi Nishimura durante reunião (Foto: Reprodução TV)

 

Suga reconheceu que o sistema médico do Japão está mal preparado para lidar com o aumento de pacientes com Covid-19, reconhecendo que mais vidas poderiam ter sido salvas se o tratamento adequado estivesse disponível. “Não fomos capazes de fornecer os cuidados necessários e reconheço que, por causa disso, o povo japonês está se sentindo ansioso”, disse o primeiro-ministro.

Suga também descartou a possibilidade de repetir a distribuição do ano passado, quando ofereceu 100 mil ienes para cada residente do Japão, dizendo que o governo está tomando medidas mais direcionadas para manter as empresas funcionando e proteger os empregos.

 

Fonte: Kyodo News