Brasileira confecciona máscara sob encomenda

Opção para a falta do produto, procura tem sido grande

Alexandre Ezaki, Toyohashi (Aichi)

A máscara descartável é um ítem necessário para o cotidiano no Japão. Aqui convivemos na época do inverno, com as precauções contra resfriados, gripe influenza, poeira da China, rinites alérgicas. Neste ano de 2020, quando todos foram pegos de surpresa pelo novo vírus, máscaras descartáveis evaporaram das prateleiras.

A cada dia aumenta o número de infectados pelo novo Coronavírus. Em contrapartida, a oferta de máscaras, álcool em gel e outros produtos preventivos despencou, faltando em todos os estabelecimentos comerciais. E esta época, que coincide com a chegada da primavera, muitas pessoas dependem da máscara devido à alergia ao pólens [kanfunsho].

Conheça o trabalho de Andresa Silva

Aproveitando a escassez do produto, a brasileira Andresa Silva, 38 anos, moradora de Toyohashi (Aichi), decidiu colocar a máquina de costura para funcionar. No início de fevereiro começou a fabricação caseira de máscaras de tecido.

Até hoje, a brasileira já vendeu mais de 200 unidades.

¨Eu vi que estava em falta no mercado. E como eu gosto de costurar, aproveitei a oportunidade¨, explica Andresa, que chegou ao Japão pela segunda vez há um ano e meio.

As máscaras têm estampas variadas e são fabricadas em vários tamanhos, podendo ser usadas por bebês até adultos. Ela conta que a primeira vez que fez o produto, não ficou muito bom, mas foi se adaptando. ¨Hoje, já vendi para vários lugares do Japão. Mas confesso, no início achei que não teria tanta aceitação¨.

Produção limitada de máscaras

Como a produção é caseira, ela diz que só faz sob encomenda, não tendo para pronta-entrega. Quando está em casa, fica todo o tempo na produção. ¨Outro dia fui dormir às duas horas da manhã para entregar no prazo combinado¨, lembra Andresa.

Ela diz que normalmente a cliente pede primeiro a máscara para os filhos, ao receber fica satisfeita com o produto e logo em seguida, faz nova encomenda para si e o marido. Feliz, diz que tem feito sucesso também entre as crianças: ¨Muitas mães falam que os filhos não gostavam de usar máscaras, mas que essas, personalizadas, eles aceitam¨.

Alguns modelos confeccionados por Andresa

Nos tempos de crise, a criatividade consegue encontrar diversas soluções. Gostaram do trabalho de Andresa?
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