Apesar das reações e dores, vacina sim

 

A ideia dessa matéria surgiu quando li reportagem semelhante num site japonês de notícias. Nesta, vamos abordar como foram as aplicações da 1ª e 2ª doses da vacina contra o Coronavírus e as reações causadas nos dois membros da equipe do Gaijin News: eu, o jornalista Alexandre Ezaki, editor do site, e Cristiane Ezaki, a Diretora, além de fotógrafa, câmera e secretária.

Nós dois tomamos o medicamento desenvolvido pela Pfizer em parceria com a BioNTech. E as reações foram bem diferentes, principalmente após a segunda dose.

O intuito dessa reportagem não é a nossa autopromoção. Nosso objetivo é mostrar que você não precisa ter medo de se vacinar. ¨Previna-se. Se não for por você, que seja pelas pessoas que ama e se preocupa¨, sugere Cristiane. ¨Pior ainda que a dor da picada da injeção, é ser contaminado pelo Coronavírus e correr o risco de morrer¨, completa.

Primeira dose

Tomei minha primeira dose da vacina contra o Coronavírus em 3 de setembro. No dia seguinte, um sábado, senti somente dor no local da picada, mas não tive febre nem qualquer outra reação.

No domingo, 5, continuei sem dor. Estava tão bem que fomos na academia, malhar um pouco.

 

Cris ficou bem após a primeira dose (Foto: Alexandre Ezaki)

 

A primeira dose da Cris foi uma semana depois, no dia 10 de setembro. No sábado ela amanheceu muito bem, apenas com o braço um pouco dolorido. ¨Eu consegui ter um dia normal, dirigi, cuidei das coisas de casa e fomos na academia¨, conta.

Segunda dose

A história começa a mudar após a segunda dose da vacina da Pfizer.

Tomei a minha em 24 de setembro. Cheguei na clínica com 36.3º de temperatura, que não mudou naquela sexta-feira. Confesso que tive uma mistura de sentimentos, como felicidade, alegria, esperança e alívio, nunca de arrependimento.

Mas quando fui dormir naquele dia, meu braço já estava doendo muito. Na manhã de sábado acordei com 36.5º de temperatura, com mais dor ainda no braço, que nem conseguia levanta-lo. Por isso tive que pedir yasumi (folga) na fábrica.

Tomamos café da manhã e a partir daí, passei muito mal. Às 9h45 já estava com 37.4º de febre. A temperatura oscilou o dia todo, e por volta das 15h, chegou a 38.3º.

 

A febre alta me deixou de cama (Foto: Cris Ezaki)

 

Passei o dia todo na cama, revirando e sem comer nada. De noite consegui jantar um pouco.

Domingo amanheceu ensolarado, um lindo dia. Mas para mim continuava indo mal. Já mexia o braço, no entanto a cabeça estava doendo demais. Tive prisão de ventre e a febre só foi passar às 16h. A partir daí, melhorei e consegui sair da cama.

Já para a Cris, a segunda dose da vacina não alterou em nada a rotina dela. No dia 1º de outubro ela chegou com 36.5º na clínica. A dor ficou concentrada no local da aplicação e ela só teve mais sono do que o normal.

No sábado, 2, tudo continuou bem para ela. Sem febre, numa temperatura de 36.4º, somente com um pouco de dor no braço. ¨Graças a Deus não tive nenhuma reação mais grave¨, comemora.

Observando os efeitos colaterais nos membros da nossa equipe, percebe-se uma variação nas reações à vacina, principalmente após a segunda dose. Mesmo assim, damos total apoio à ciência e à vacina.

E apesar das duas doses já tomadas, continuaremos a seguir os cuidados básicos, como usar máscaras, limpar as mãos com álcool em gel e manter o distanciamento social. ¨Por isso, não dê ouvido aos que negam os benefícios do medicamento e diga sim à vacina. Previna-se. A vida está em primeiro lugar¨, finaliza Cris.