Boneco em tamanho real custa ¥500 mil
No Japão é tradição ter uma mascote, conhecida como ¨Yuru Kyara¨, utilizada para promover uma empresa, um evento, um grupo, um time de futebol e até mesmo uma região.
Quase todas as cidades no país têm a sua própria mascote, chamadas de ¨Gotōchi kyarakuta¨ ou ¨Gotōchi kyara¨. Elas desempenham um papel importante na divulgação da cultura local, representando um embaixador do município ou da província e atuando como seus representantes em eventos, festas e pontos turísticos.
As mascotes costumam combinar a estética dos animes modernos com algumas características da região que representam, como cultura, história, fauna ou produtos pelos quais a cidade ou província é reconhecida.
O resultado costuma ser um personagem simpático, muito fofo e amigável (kawaii como dizem em japonês), com forte apelo popular, que contribui para fomentar o turismo e o desenvolvimento da economia local.
Apresentação da Jujuba (Foto: Silvio Mori - Assessoria de Imprensa)
Pensando nesta tradição, o Cônsul-Geral de Hamamatsu, Aldemo Garcia, teve a ideia de lançar uma mascote oficial da comunidade brasileira no país. Mas não sabia como seria.
¨No Japão é muito comum ter uma mascote. Cada evento japonês que você vai, ela está lá, dando boas vindas, animando os convidados. A partir daí eu pensei que poderíamos ter a nossa¨, explicou o Cônsul.
Arara-azul
O Embaixador divulgou a ideia e em poucos dias recebeu alguns esboços para avaliar.
A personagem escolhida foi uma arara-azul, espécie em extinção e que representa o Brasil.
A arte foi criada pela adolescente Melissa Hiramoto, de 17 anos. O nome da mascote foi escolhido por sua criadora: Jujuba.
Melissa explica sobre a Jujuba (Foto: Alexandre Ezaki)
A apresentação oficial da mascote da comunidade brasileira no Japão aconteceu durante a Cerimônia de Abertura do Brazilian Day de Hamamatsu, no sábado, 3.
Jujuba chegou voando, mas de forma virtual. A história dela e a chegada ao Japão foi contada num vídeo promocional, exibido na cerimônia.
Assista abaixo:
Com apoio da equipe de criação da J1 Stock, do empresário Emmanuel Caceres, a mascote foi desenvolvida e em alguns meses ela poderá estar circulando pelo Japão.
A produção da Jujuba em tamanho real depende da captação de recursos. O custo total fica em torno de 500 mil ienes, cerca de R$ 18 mil reais.
Data oficial
A importância das mascotes no Japão é tão grande, que a Associação de Mascotes Regionais do Japão estabeleceu desde 2014, a data de 11 de maio como o ¨Dia da Mascote¨.
Esse dia foi escolhido porque é possível fazer uma brincadeira com a sonoridade da palavra: ¨gotōchi¨ (região) e a data 5 (go), 10 (to), 1 (chi).
Fonte: Silvio Mori (Assessoria de Imprensa)