Membros do Partido Liberal Democrata, que Abe liderou anteriormente como presidente, e o principal partido da oposição, o Partido Democrático Constitucional do Japão, disseram que a violência é intolerável em qualquer circunstância e ficaram indignados com o incidente.

¨É um ato de terrorismo político absolutamente imperdoável¨, disse Sanae Takaichi, chefe do Conselho de Pesquisa de Políticas do PLD, antes mesmo de o ex-primeiro-ministro ter sido declarado morto.

¨Fechar a liberdade de expressão pela violência não deve acontecer¨, disse Natsuo Yamaguchi, líder do Komeito, o parceiro da coalizão do PLD, durante um discurso em Toyohashi (Aichi).

Os círculos empresariais também foram abalados, já que muitos líderes corporativos tinham laços estreitos com o ex-primeiro-ministro, conhecido por seu pacote de políticas ¨Abenomics¨, que pedia uma ousada flexibilização monetária pelo Banco do Japão, gastos fiscais generosos e desregulamentação.

Durante um seminário em Karuizawa (Nagano), Kengo Sakurada, presidente da Associação Japonesa de Executivos Corporativos, conhecida como Keizai Doyukai, criticou: ¨É um sério desafio à democracia japonesa. É imperdoável¨.