Políticos se dizem chocados com o crime
O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida determinou que a segurança seja reforçada para ministros do Gabinete e outros políticos, após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe nesta sexta-feira, 8.
Kishida discutiu as respostas ao ataque com o presidente da Comissão Nacional de Segurança Pública Ninoyu Satoshi, o ministro da Justiça Furukawa Yoshihisa e outros líderes, por cerca de 20 minutos na tarde desta sexta-feira.
O premiê disse aos oficiais para nunca cederem à violência e ao terrorismo e os orientou a reforçar a segurança para ministros do Gabinete e políticos período que antecede a eleição da Câmara Alta no próximo domingo, 10. ¨As eleições são a base da democracia¨, disse Kishida.
O primeiro-ministro instruiu que todos os setores do governo devem fazer todo o possível para garantir que o ataque não leve a atrasos no trabalho do governo.
Abe momentos antes do atentado (Foto: TBS TV)
Ninoyu orientou o chefe da Agência Nacional de Polícia, Nakamura Itaru, a fornecer proteção completa aos ministros do Gabinete e outros políticos importantes.
Choque e raiva
Membros do Partido Liberal Democrata, que Abe liderou anteriormente como presidente, e o principal partido da oposição, o Partido Democrático Constitucional do Japão, disseram que a violência é intolerável em qualquer circunstância e ficaram indignados com o incidente.
¨Fechar a liberdade de expressão pela violência não deve acontecer¨, disse Natsuo Yamaguchi, líder do Komeito, o parceiro da coalizão do PLD, durante um discurso em Toyohashi (Aichi).
Os círculos empresariais também foram abalados, já que muitos líderes corporativos tinham laços estreitos com o ex-primeiro-ministro, conhecido por seu pacote de políticas ¨Abenomics¨, que pedia uma ousada flexibilização monetária pelo Banco do Japão, gastos fiscais generosos e desregulamentação.
Durante um seminário em Karuizawa (Nagano), Kengo Sakurada, presidente da Associação Japonesa de Executivos Corporativos, conhecida como Keizai Doyukai, criticou: ¨É um sério desafio à democracia japonesa. É imperdoável¨.
Fontes: Kyodo, Japan Today e NHK