Mas o uso de vouchers continua sendo prioridade
O governo japonês já confirmou o pagamento de ¥ 100 mil para famílias que contam com crianças e adolescentes de até 18 anos de idade, desde que a renda anual do principal mantenedor seja inferior a ¥ 9,6 milhões. O que se discute desde então é como seria esse pagamento: se todo em dinheiro ou metade em dinheiro e a outra metade em vouchers.
Nesta terça-feira, 14, em sessão do Parlamento, o primeiro-ministro Fumio Kishida deu novas informações. ¨Com base em várias opiniões, tornamos o programa mais flexível¨, admitiu, em resposta ao questionamento de Seiji Osaka, líder interino do principal partido de oposição, o Partido Democrático Constitucional do Japão.
Primeiro-ministro durante sessão do Parlamento (Foto: NHK)
O governo finalmente apresentou suas ideias antes de traçar as diretrizes do programa. Em princípio, embora as doações devam ser divididas em dinheiro e cupons, os governos locais terão permissão para distribuí-las inteiramente em dinheiro, dependendo da situação.
Ele oferece três opções de distribuição: 50.000 ienes, ou cerca de 440 dólares, em dinheiro, seguido pela metade restante em cupons; duas parcelas de 50.000 ienes em dinheiro; e 100.000 ienes pagos inteiramente em dinheiro, antes do final do ano.
Mas o CDPJ pediu que os benefícios sejam pagos inteiramente em dinheiro, dizendo que a emissão de vouchers incorrerá em enormes custos adicionais e aumentará a carga sobre os governos locais que atualmente se preparam para dar doses de reforço da vacina contra o COVID-19.
Cupons não estão descartados
A oposição tem exigido que as doações sejam oferecidas inteiramente em dinheiro. Ela afirma que a distribuição de metade do apoio em cupons deve aumentar os custos administrativos em cerca de 90 bilhões de ienes, ou cerca de 800 milhões de dólares. O dinheiro que seria economizado poderia ser usado para ajudar as pessoas que enfrentam dificuldades econômicas.
Durante reunião do Comitê de Orçamento na Câmara dos Representantes, Kishida disse que alguns municípios querem usar as vantagens dos vouchers e que o governo central ¨respeitará esses esforços¨.
Oposição quer pagamento todo em dinheiro (Foto: Jun Rong Loo - Unsplash)
O governo disse repetidamente que dar metade dos benefícios em vouchers continua a ser o principal plano básico, uma vez que o uso de cupons encorajaria as famílias a gastarem as doações em vez de guardá-las na poupança e reduziria as chances de serem gastas para outros fins que não a educação infantil.
Essa posição é defendida pelo ministro da Revitalização Econômica, Daishiro Yamagiwa: ¨Mesmo que a distribuição de 100.000 ienes de uma só vez seja aceita, manteremos o princípio do uso de vouchers¨, afirmou, acrescentando que o governo será flexível em fazer novas alterações no programa, se necessário.
O plano final será apresentado aos governos locais dentro de alguns dias.
O programa de benefícios é uma das principais medidas do pacote de estímulo do governo com o objetivo de aliviar as consequências econômicas da pandemia do Coronavírus.
Fontes: Kyodo e NHK