Especialistas alertam para o perigo de asfixia
Alexandre Ezaki, Toyokawa (Aichi)
No Japão, o hábito de usar máscara de proteção facial sempre foi comum. Mas principalmente por causa do Coronavírus, essa medida passou a ser adotada por muito mais pessoas, incluindo brasileiros.
Com o novo Coronavírus, não só adultos, mas as crianças, inclusive bebês, passaram a usar máscaras. No entanto, nesta segunda-feira, 25, a Associação Japonesa de Pediatria divulgou mensagem no site da entidade, exigindo que crianças de até 2 anos de idade não usem máscaras.
Os pediatras alertam que a passagem de ar é estreita nos órgãos respiratórios das crianças e que o uso de máscara dificulta a respiração. Isso pode levar a uma sobrecarga no coração e ao risco de asfixia.
Além disso, quando a criança pequena usa máscara, o calor fica concentrado e aumenta o risco de insolação, principalmente no verão japonês.
Outro destaque é que não existem máscaras N95, as mais indicadas no combate ao vírus, aprovadas para crianças pequenas.
No Brasil
A mesma indicação existe também no Brasil. Várias entidades e grupos têm falado sobre o assunto. Uma delas é a prefeitura de São Mateus do Sul, no estado do Paraná, que no dia 21 de abril publicou em seu site artigo defendendo que os menores não usem a proteção facial.
A prefeitura também sugere algumas medidas para proteger os bebês, para que eles não precisem usar máscara:
Limite a exposição e evite contatos públicos desnecessários.
Se for essencial sair, cubra o carrinho de bebês (NÃO O BEBÊ) com um cobertor, o que ajuda a protegê-lo, mas ainda oferece a capacidade de respirar confortavelmente.
Mantenha as mãos limpas. A lavagem frequente das mãos com água e sabão por 20 segundos é ideal, mas o desinfetante para as mãos, com pelo menos 60% de álcool, também é indicado.
Limpe frequentemente as superfícies tocadas, como maçanetas, interruptores de luz e eletrônicos.
Ensine as crianças a evitar tocar no rosto.
Fonte: NHK e prefeitura de São Mateus do Sul
Alexandre Ezaki é jornalista formado pela Unesp de Bauru. Adora filmes, séries e música. Como profissional, considera-se um contador de histórias.